Estudantes trocam anotações em cadernos por foto da lousa no celular



Copiar a lousa? Para que, se dá para fotografá-la!

Estudantes usam agora um novo método para registrar a matéria ensinada pelo professor: tirar foto do quadro ao invés de copiar o conteúdo à mão, no caderno.


Segundo os alunos, a lousa vai para o celular quando  não dá tempo de copiá-la, quando dá preguiça, quando a lição é passada no fim da aula ou quando o desenho do professor é muito complexo (como os de biologia e química).

Depois, as imagens circulam em grupos de salas no WhatsApp, aplicativo de mensagens pelo celular.

O recurso é usado a partir que os jovens ganham celular geralmente a partir dos 11 anos, e com a anuência dos professores.

Alguns alunos afirmam que é uma "xerox" moderna, outros informaram que as fotos ficam catalogadas em pastas separadas por disciplinas,  o que ajudam a estudar e a encaminhar para os colegas.

Ângela Soligo, psicóloga e professora da faculdade de educação da Unicamp, diz que não vê problema em tirar fotos.

Emerson Pereira, diretor de tecnologia educacional do colégio Bandeirantes, na Vila Mariana, afirma que jovens assimilam o conteúdo de formas diferentes, e não é papel dos professores inibir o mecanismo adotado pelos alunos.

Outros professores e diretores de colégios são concordam com as afirmações acima.

Um estudo da Universidade de Stanford, nos USA, comparou a eficácia de anotações feitas à mão e pelo laptop. Os pesquisadores concluíram que a escrita era melhor para fixar o conteúdo visto em aula; ao usar o computador os participantes testados só transcreviam sem reflexão.

E anotar no caderno versus tirar foto da lousa? 

Segundo a psicóloga americana Pam Mueller, que coordenou a pesquisa, contar com apenas com o registro do celular no fim da aula pode atrapalhar a retenção de informação. "Quando você anota, você é forçado a processar a matéria".

E você o que acha? 

Baseado no texto da Uol

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